AULA PRÁTICA: PROVA DO LAÇO


DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA


PROF. DR. LUIS CARLOS F. CARVALHO

 

Objetivo: Determinar a fragilidade capilar como diagnóstico complementar de doenças hemorrágicas e para avaliação de paciente que irão se submeter a cirurgias (pré-operatório).


Princípio: Sobre uma pressão constante os vasos fragilizados se rompem, extravasando sangue para o espaço extra vascular (hemorragia), formando pequenas manchas vermelhas, caracterizados como petéquias.


Material: Aparelho de medir de pressão, cronômetro, caneta azul.

Método: Para fazer o teste da prova do laço deve-se desenhar, no antebraço, um quadrado com uma área de 2,5 x 2,5 cm e depois seguir estes passos:

1. Avaliar a pressão arterial da pessoa com o esfigmomanômetro;


2. Insuflar novamente o manguito do esfigmomanômetro até ao valor médio entre a pressão máxima e a mínima. Para saber o valor médio é preciso somar a Pressão Arterial Máxima com a Pressão Arterial Mínima e depois dividir por 2. Por exemplo, se o valor de pressão arterial for 120x80, deve-se insuflar o manguito até os 100 mmHg;


3. Esperar 5 minutos com o manguito insuflado na mesma pressão;

4. Desinsuflar e retirar o manguito, depois dos 5 minutos;

5. Deixar o sangue circular por pelo menos 2 minutos. Por fim, deve-se avaliar a quantidade de pontos avermelhados, chamados de petéquias, dentro do quadrado na pele para saber qual o resultado do teste.

 

 


 AULA PRÁTICA: TEMPO DE SANGRAMENTO


DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA


PROF. DR. LUIS CARLOS F. CARVALHO


 

Objetivo: Demonstrar o tempo de sangramento indicativo de alteração nas plaquetas.

Princípio: Esse exame é normalmente solicitado como forma de complementar os outros exames e é útil para detectar qualquer alteração nas plaquetas e é feito por meio da realização de um pequeno furo na orelha, que corresponda à técnica de Duke, ou de um corte realizado no antebraço, chamada de técnica de Ivy, e, a seguir, contagem do tempo em que há o estancamento do sangramento.

Material: Lanceta; papel de filtro ou papel toalha; cronômetro; algodão; álcool 70%.

Método: Para fazer a técnica de Ivy, é aplicada pressão no braço do paciente e, em seguida, é feito um pequeno corte no local. No caso da técnica de Duke, o furo na orelha é feito por meio de uma lanceta ou um estilete descartável. Em ambos os casos, o sangramento é avaliado a cada 30 segundos por meio de um papel filtro, que absorve o sangue do local. O teste tem fim quando o papel filtro não absorve mais o sangue.

 

Interpretação:

Após a realização do furo, o médico ou técnico responsável pelo exame contabiliza o tempo que o sangue coagula e monitora por meio de um papel filtro que absorve o sangue do local. Quando o papel filtro não absorve mais o sangue, o teste é terminado. Caso o exame tenha sido feito por meio da Técnica de Ivy, que é a do braço, o tempo normal de sangramento é entre 6 e 9 minutos. No caso da técnica de Duke, que é a da orelha, o tempo normal de sangramento é entre 1 e 3 minutos.


Comentário:

Na aula prática com os alunos de enfermagem, duas pessoas se voluntariaram para testar o tempo de sangramento, cada qual para a técnica de Ivy e técnica de Duke. Na primeira voluntária, foi usada primeiramente a técnica de Ivy, onde usou-se álcool 70% e uma bola de algodão para higienização e assepsia da região a ser perfurada, que no caso foi a extremidade do dedo indicador. Logo após foi usado um objeto semelhante a uma caneta que tem em seu interior uma agulha para fazer a perfuração e observou-se o sangramento e previamente se usou o papel absorvente para reter o sangue em questão; utilizou-se desse método até que o sangue parasse por completo e o tempo exato em que ocorreu tal evento foram de 2 minutos.

Para o segundo voluntário, utilizou-se a segunda técnica, onde foi-se realizado os mesmos cuidados de higienização e assepsia e obteve-se como resultado de estancamento de sangue em exatos 1 minuto e 13 segundos.


 


AULA PRÁTICA: COLETA DE SANGUE VENOSO


DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA


PROF. DR. LUIS CARLOS F. CARVALHO



Objetivo: Coletar sangue venoso para realizar exames laboratoriais


Princípio: Indispensável na maioria dos diagnósticos, a coleta de sangue venoso é fundamental para identificar processos patológicos. O teste de laboratório com amostra de sangue é decisivo na tomada de decisão do médico, que pode indicar o tratamento correto para o problema.


Os exames laboratoriais com coleta de sangue têm o objetivo de diagnosticar, monitorar ou acompanhar o tratamento de uma doença, e são realizados por solicitação médica. Para garantir a qualidade e a confiabilidade dos resultados, é preciso que haja padronização dos processos e controle de qualidade, incluindo a aquisição de materiais para coleta de sangue.


Material: Os materiais médicos necessários são: 1 par de luvas de procedimento; 2 bolas de algodão; 5 mL de álcool a 70%; 1 scalp nº 21 ou 23, ou agulha 30x06 ou 30x07; 1 garrote; uma seringa de 10 mL e tubos para a coleta de sangue de acordo com o pedido médico.


Método: Antes de iniciar o procedimento, o profissional deve orientar o paciente sobre a coleta de sangue venoso e explicar como será feita. Em seguida, deve-se analisar o tubo da amostra de sangue, identificando o nome e o documento do paciente, a data e a hora do exame.
Após verificar se os materiais hospitalares estão todos em conformidade, deve-se higienizar as mãos e calçar as luvas de procedimento. Em seguida, posicionar o paciente sentado em uma poltrona com encosto e descanso para os membros superiores. O braço dele deverá estar sobre o descanso da cadeira, inclinado para baixo e estendido, sendo que o cotovelo não pode estar dobrado.

Em seguida, realiza-se a assepsia do local da veia para a coleta de sangue a vácuo. A assepsia deve ser feita com movimentos circulares do centro para fora, com a utilização do antisséptico e uma gaze, deixando secar por 30 segundos, sem abanar nem soprar, além de não tocar mais no local.

Use um torniquete livre de látex para garrotear o paciente, posicionando-o de 7,5 a 10 cm acima do local escolhido para a punção. Tome cuidado para não apertar excessivamente ou exceder um minuto. Após a coleta de sangue com seringa, o material é colocado em tubos para coleta previamente identificados e encaminhado junto do pedido ao laboratório.



 

DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA



PROF. DR. LUIS CARLOS F. CARVALHO



AULA PRÁTICA 1: INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA


DATA: 26/04/2022




DISCENTES:

Ana Gabriela
Juan Pablo
Kaio Samuel
Kyara Leal
Laís Gonçalves
Letícia Lima Nascimento
Marcos Vinícius




Na aula prática 1 da disciplina de Bioquímica, conhecemos os equipamentos que podem ser utilizados nos processos dentro do laboratório, dentre eles, os principais: centrífuga, agitador de tubo e balança semi analítica. Além disso, vimos todas as vidrarias que auxiliam em tais práticas, como a proveta, o gral, o balão volumétrico, as ampolas de decantação e muitos outros aparatos, ilustrados logo a baixo.

 
















Preparo de Soro Fisiológico


Objetivo: Preparar a solução fisiológica

Princípio: O soro fisiológico é uma solução salina, isotônica em relação aos líquidos corporais, estéril e com aplicação em medicina. Contém 0,9% de NaCl (cloreto de sódio) em massa, dissolvidos em água destilada, ou seja, em 100ml de solução aquosa encontram-se presentes 0,9g do sal. Desta forma, a cada 100ml de soro fisiológico, 0,354g de Na+ (sódio) e 0,546g de Cl- (cloro) estarão contidos, em um pH igual a 6,0.

Material: Cloreto de sódio, balança semi-analítica, espátula, erlenmayer de 250ml

Método: Calcular a massa do sal (cloreto de sódio) equivalente para se preparar 150ml da solução, pesar, adicionar no frasco e completar o volume com água destilada para 150ml, agitar para dissolver, transferir para um frasco, rotular e guardar a temperatura ambiente.

Procedimentos:

Preparo de Solução Fisiológica: Pesar 0,85g de cloreto de sódio e diluir em água destilada, para formar a solução.

Na prática aplicada, produzimos o soro fisiológico - solução isotônica em relação aos líquidos corporais, que possui 0,85% de cloreto de sódio (NaCl) em água destilada. 








Questões


1. Em termos de Molaridade, qual a concentração do cloreto de sódio na solução?

0,85g

2. Na prática, como posso constatar que a solução mantém o meio isotônico?

O Meio é isotônico quando dois meios possuem a mesma concentração de espécies químicas.

3. Após preparo da solução, que procedimento deve ser tomado para o uso adequado em aplicações parenteral?

Geralmente, o soro fisiológico é usado em grandes volumes para fazer infusão na veia em hospitais nos casos de diminuição de líquidos ou sal no organismo ou em pequenas quantidades para diluir remédios para serem aplicados na veia ou no músculo.

Além disso, o soro fisiológico 0,85% pode ser usado para fazer limpeza de feridas, lavar os olhos ou para fazer nebulizações, por exemplo, sendo vendido em farmácias, drogarias ou supermercados e comprado sem receita médica.

4. Quanto devemos pesar do sal (cloreto de sódio) para se preparar 500ml do soro fisiológico?  

4,25g de cloreto de sódio

5. Qual o volume que devo tomar de uma solução hipertônica de NaCl a 5M para se preparar 500ml de soro fisiológico?


6. Por que não é necessário aquecer a solução para ocorrer completa dissolução?

Porque o processo da dissolução ocorre naturalmente, em temperatura ambiente. As moléculas do solvente se envolvem com as partículas de sólidos do soluto, dissolvendo-os. Porém, com uma temperatura mais elevada, facilita ainda mais o processo, tornando maior a dissolução.













 


 


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